Além da previsão expressiva de público, os organizadores esperam um volume de negócios superior a R$ 3 milhões durante o evento. "O perfil dos visitantes vai do lojista a adultos com idade entre 25 e 45 anos", afirmou Evaldo Shimora, idealizador da feira.
No sábado, diversos casais foram conferir as novidades deste mercado e também shows de striptease que acontecem na feira. Durante uma das apresentações, Hélio Duarte e sua esposa Fernanda Rodrigues contaram ao iG que vão com freqüência a sex shop em busca produtos que possam “dar uma apimentada na relação”.
"Senão fica na mesmice...", constata Duarte, que é casado há quatro anos e revela que os dois costumam ir a sex shop. O perfil do casal, segundo os lojistas, aliado à maior procura por parte das mulheres, tem aquecido as vendas de artigos eróticos no País.
Atualmente, conforme levantamento da Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual, que conta com aproximadamente 200 associados, os cosméticos lideram as vendas do setor, seguido pelas lingeries.
Eliana Bertipaglia, proprietária da HotFlowers, maior fabricante de produtos eróticos do País, com 220 pessoas empregadas em Indaiatuba, no interior de São Paulo, conta que o mercado apresenta um crescimento médio de 15% ao ano. A razão da expansão das vendas, disse a empresária, é principalmente a quebra de tabus em relação às sex shop e os itens vendidos neles.
“Hoje em dia, o visual das lojas é outro e o apelo pornográfico já não é tão importante, o que vem atraindo mais mulheres e casais”, afirmou Eliana, ao ressaltar que cabe às mulheres um papel fundamental na desmistificação das sex shop.
Na mesma linha, Cynthia Amâncio, designer da Erotic Point, disse que a maior parte dos produtos é destinado às mulheres. “Os homens entram nas lojas com mais receio, mas os artigos voltados a eles também estão com vendas aquecidas”.
Juliana e Denison Garcia exemplificam bem a percepção dos lojistas. Juntos há dez anos, o casal vai às sex shop com freqüência. “Nós dois gostamos, ajuda muito na relação, mas quem compra mais é ela”, contou Denison. Segundo ela, os artigos que eles mais compram são géis e óleos de massagem.
Os dois itens também são os de preços mais acessíveis, R$ 25 em média. Já itens mais sofisticados, em grande parte importados, podem chegar a R$ 500. De acordo com os dados da ABEME, o segmento movimentou R$ 1 bilhão no ano passado, um crescimento de 17%, incluindo filmes, shows e casas de swing.
Com tal resultado, Shimora, idealizador da Erótika Fair, já pensa em realizar o evento duas vezes ao ano. “Estamos em fase de planejamento. Acho que o crescimento do mercado permite mais uma edição”, acrescentou.
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