Doze anos após fazer levantamento semelhante, o Datafolha volta a sondar a sexualidade dos brasileiros. Entre avanços e recuos, ficou mais fácil falar de sexo e diminuiu a distância entre o comportamento do homem e o da mulher. Velhos tabus convivem com novas paranoias, como a obsessão pelo desempenho.
A pesquisa revela que há descompasso entre a ideia que os pesquisados fazem do povo brasileiro e a imagem que têm de si mesmos. Exemplo: na visão de 45% dos entrevistados, os brasileiros são "totalmente liberados, abertos a qualquer experiência". Curiosamente, quando respondem sobre eles mesmos, apenas 24% se classificam como totalmente liberados ao passo que 42% dizem ter restrições.
Foram ouvidas 1.888 pessoas entre 18 e 60 anos (mesma faixa etária da pesquisa de 1997, para permitir algumas comparações), em 125 municípios do país. Os pesquisadores trabalhavam em duplas, garantindo que homens e mulheres sempre falassem com alguém do mesmo sexo, para evitar constrangimento.
Os pesquisadores foram a campo com dois questionários. O primeiro, aplicado pelo pesquisador, trazia perguntas mais genéricas sobre o perfil e as opiniões do entrevistado. O segundo, sobre hábitos e preferências sexuais, era preenchido privadamente pelo próprio entrevistado e depositado em uma urna lacrada.
A margem de erro é de dois pontos percentuais, para cima ou para baixo.
Folha Online
Nenhum comentário:
Postar um comentário